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Cidade Perfume

Nova Iguaçu, grande exportadora de laranja.

1502/3 as expedições de Gaspar de Lemos e Américo Vespúcio avançam rio adentro pela Baía de Guanabara, chegando aos afluentes do rio Iguassú e Meriti em terras habitadas pelos índios Tupinambás. Entre idas e vindas com grande rivalidade, franceses e portugueses, disputam o comércio de produtos da fauna e da flora brasileira.

Após duros combates, a coroa Portuguesa cria as sesmarias, minimizando novas invasões na segunda metade do século XVI. A cultura da cana-de-açúcar, prospera, sendo a navegação pelo rio iguassú – sua nascente na Serra do Tinguá - e seus afluentes, o caminho natural, provocando a ocupação das terras doadas.

Com a colonização, capelas, igrejas e fazendas transformaram-se em vilas, a partir do século XVII. A inauguração de engenhos e olarias se multiplica tornando a região de iguassú habitada e grande produtora.

1699 começa a devoção a Nossa Senhora da Piedade de Iguassú, onde surgiria mais tarde a povoação de Iguassú, e assim o aumento do escoamento da produção agrícola e de minérios. Com o “Caminho Novo das Minas” e posteriormente dois outros, como o “Caminho de Terra Firme”, chegamos a “Estrada Real do Comércio” aberta para facilitar o escoamento do café, com isso marca o início da criação do Município de Iguassú, em 15 de janeiro de 1833.

As movimentações por vias fluviais foram reduzidas, tão logo se iniciou o tráfego da Estrada de Ferro D. Pedro II, em março de 1858, atual Central do Brasil, que determinou o desvio comercial, além da ocupação com moradias em suas margens. Com o progresso tivemos a transferência do Município para o arraial de Maxambomba na segunda metade do século XIX e assim as primeiras exportações de laranja. Em 1916 há a substituição do nome por “Nova Iguaçu”.

Cidade Perfume

Estima-se que o cultivo da laranja iniciou em 1883 e em 1886 as primeiras exportações para a Argentina e o Uruguai. Em 1909, a exportação de frutas frescas, melhor selecionada e embalada com a mecanização dos barracões, é retomada. Em 1931, Nova Iguaçu exportava 1.236.33 caixas de laranjas, segundo estimativa continha 2.000.000 de pés, pertencentes a mais de 60 exportadores. O ciclo da laranja inspirava uma nova cultura e as exportações chegaram a tal ponto, que o Município de Nova Iguaçu, ficou conhecido internacionalmente na década 30, como a “cidade perfume”.

Maiores informações: De Iguassú a Nova Iguaçu, lançado em 2003 por ocasião dos 170 anos e História de Nova Iguaçu ­Recortes de uma Cronologia Ilustrada de 510 anos, lançado em 2018 por Edgard Vieira de Matos.

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